16 de junho de 2025

Flipriá: A Festa Literária de Propriá

Um convite à leitura, cultura e à vivência do universo literário regional

O que é a Flipriá

A Flipriá, ou Festa Literária de Propriá, é um evento singular que celebra a literatura e a cultura regional, reunindo escritores, leitores e apaixonados pela palavra. Este encontro cultural propõe não só o resgate das tradições literárias, mas também a criação de um espaço dinâmico para debates, oficinas, apresentações e trocas de experiências. Em meio ao cenário cultural brasileiro, a Flipriá destaca-se por ser uma manifestação que aproxima a comunidade e promove o acesso à arte e ao conhecimento, valorizando as raízes da nossa terra.


A Idealização: Ron Perlim

Tudo teve início com o idealizador: o escritor Ron Perlim, um dinâmico agente cultural de Porto Real do Colégio, Alagoas. Com uma trajetória marcada pelo amor à literatura e pelo engajamento com sua comunidade, Ron Perlim transformou a ideia de reunir autores e leitores em uma proposta concreta. Ao perceber a necessidade de incentivar a cultura na região e proporcionar um encontro que ultrapassasse os limites do convencional, ele concebeu a Flipriá como um espaço para que a literatura se tornasse elo de união, debate e inspiração. Essa iniciativa reflete não apenas a paixão pessoal de Ron pela escrita, mas também sua visão de que a cultura regional tem um papel fundamental na construção de identidades e na promoção do desenvolvimento social. 

 O Papel do Centro de Cultura de Propriá

A materialização da Flipriá contou com a colaboração e o empenho do Centro de Cultura de Propriá, instituição que se dedica a fomentar iniciativas culturais na cidade. Por meio desta parceria, o evento ganhou estrutura organizacional e logística adequadas, permitindo a realização de atividades que vão desde palestras e debates até oficinas de escrita e sessões de leitura. Essa articulação entre a visão criativa de Ron Perlim e o suporte institucional do Centro garantiu que a Flipriá se estabelecesse como uma referência cultural na região, consolidando sua missão de incentivar o acesso à arte e ao conhecimento de forma democrática e inclusiva. 

Edições do Evento

A primeira edição da Flipriá aconteceu nos dias 10 e 11 de novembro de 2022, marcando um ponto de partida para um evento que desde então vem se consolidando no calendário cultural de Propriá e do Baixo São Francisco. Este início pioneiro abriu caminho para novas edições, e informações disponíveis indicam que, logo após o sucesso inicial, a proposta evoluiu e ganhou continuidade, com uma edição subsequente realizada em 2023 e 2024. Cada edição tem contribuído para aprimorar o formato, expandir a participação do público e incluir novas dinâmicas que enriquecem a experiência dos participantes. Assim, a Flipriá não se resume a um evento isolado, mas sim a uma jornada cultural em constante renovação, que se adapta aos desafios e interesses de uma comunidade apaixonada pela literatura.

Impacto Cultural e Perspectivas Futuras

A Flipriá vai muito além de uma simples feira de livros. Ela é um catalisador de discussões, uma plataforma que revela o potencial transformador da literatura para questionar, educar e inspirar. Cada edição do evento reforça a importância de preservar a memória cultural e incentivar novas vozes, promovendo a democratização do acesso à arte. Com a visão de Ron Perlim e o suporte do Centro de Cultura de Propriá, as futuras edições prometem expandir horizontes, aproximar ainda mais os leitores e consolidar a Flipriá como um ponto de encontro irreverente para todos que acreditam no poder das palavras e na força transformadora da cultura. Na edição de 2025, o tema abordado será: Fake News, Desinformação e Redes Sociais. Assunto indispensável que merece atenção e muito debate.

Conclusão

A Flipriá, idealizada por Ron Perlim e realizada pelo Centro de Cultura de Propriá, é uma celebração viva da literatura e da cultura regional. Com sua primeira edição realizada em novembro de 2022 e a continuidade do evento em 2023, ela reafirma o compromisso de promover o acesso à cultura e de fortalecer a identidade local. 

Para saber sobre a edição de 2025, acesse:

Flipriá 

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23 de abril de 2025

Muritaê

ANÁLISE CRÍTICA 

Por Dilma de Carvalho 

As histórias narradas em Muritaê são ricas de vocabulário, uma linguística que aguça a curiosidade por conhecer mais a cultura dos povos ancestrais/originários do Brasil. Além do farto conteúdo que explora o linguajar indígena, mostra sua influência no vocabulário utilizado por qualquer nativo brasileiro, pois, está enraizado na cultura de todos os povos, mesclando-se aos diversos dialetos que passaram pelo Brasil, desde sua redescoberta pelos europeus portugueses até os dias de hoje.

Para além de enriquecer o vocabulário brasileiro, textos que abordem a cultura dos originários e tragam à tona as questões ambientais, vividas com mais ênfase no século XXI, devido à destruição dos recursos naturais por meio do desmatamento e do processo de subversão dos valores éticos, morais, religiosos e financeiros, são de muita importância para a manutenção das culturas, através da valorização da memória dos mais velhos, em função da transmissão de conhecimentos aos mais jovens.

Analisando do ponto de vista literário, um livro que traga, em sua essência divisória, textos curtos, de fácil domínio popular e que tenham a clássica intenção de atrair, conquistar e manter o leitor atento e curioso pelos desfechos, faz o elo perfeito com o público alvo a que se destina Muritaê.

São pequenos capítulos, com diversidade de personagens e contos/causos contados por indígenas que alinhavam a necessidade da manutenção de histórias perspicazes com o fazer artístico de narrar/escrever de modo simples, direto e para uma juventude, hoje, mais antenada com a velocidade da luz do que com o desenvolvimento catedrático do ato de ler.

Há em Muritaê características literárias do conto (texto curto) com tempos e espaços diversos, próprios do romance. Enquanto desenvolve um enredo sobre as culturas indígenas afasta-se do Indianismo propagado pelos nossos clássicos escritores do Romantismo brasileiro (1836) que se caracterizou pela busca de uma identidade nacional e pelo resgate das tradições da cultura e do folclore populares, porém, sem se atentar para as individualidades e para o protagonismo dos povos originários como detentores de uma história verdadeira.

Além das características de um indianismo real e atual – povos originários pertencentes à cultura brasileira como qualquer outro povo, ressignificando termos como indígena, ao invés de índio para se referir ao povo, aldeia, ao invés de tribo, para se referir ao seu habitat, Muritaê também traz a reflexão pedagógica da necessidade de preservação da natureza como real fonte de vida, da natureza que alimenta, mata a sede, abriga, acolhe o nascer das vidas e guarda a semente do renascer, em seu útero “recíclico”.

Leitura leve, “enredadora”, educativa, e, acima de tudo, fiel aos seus contadores legais.

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9 de abril de 2025

A linha do Trem em Porto Real do Colégio - Uma Jornada pelo Tempo

 


I. Introdução (0:23 - 0:49)

  • Apresentação da cidade de Porto Real do Colégio às margens do Rio São Francisco.
  • Introdução ao tema da história da cidade ligada aos trilhos.
  • O objetivo de entender como a conexão ferroviária com o Nordeste impulsionou Porto Real do Colégio.
  • Convite para acompanhar a jornada histórica.

II. O Início da Ferrovia (0:51 - 1:48)

  • A história remonta ao final do século XIX.
  • 1884: Inauguração da estação pela Great Western, empresa inglesa responsável pela introdução da ferrovia no Nordeste.
  • Avanço dos trilhos por terras alagoanas, conectando cidades como Urupema e Viçosa.
  • Cada nova estação como um marco no desenvolvimento regional, facilitando o transporte e impulsionando a economia.
  • 1933: A ferrovia alcança Palmeira dos Índios.
  • 1950: Chegada à margem esquerda do Rio São Francisco em Porto Real do Colégio, tornando a cidade um importante ponto de conexão ferroviária regional.

III. A Conexão de Porto Real do Colégio (1:51 - 2:26)

  • 15 de dezembro de 1950: A linha férrea se conecta a Porto Real do Colégio.
  • Impacto positivo na cidade, conectando-a ao restante do Nordeste e gerando grande alegria na população.
  • Expectativa de potencial econômico e realização de sonhos através da linha ferroviária.
  • O ramal do Colégio recebe esse nome ao atingir a estação de Porto Real do Colégio em 1950, nas Alagoas.
  • Abertura gradual do ramal a partir da estação de Lourenço de Albuquerque (linha Recife-Maceió da Great Western).
  • 1884: Estação em Lourenço de Albuquerque.
  • 1891: Avanço até Urupema.
  • 1912: Chegada a Viçosa.
  • 1933: Alcance de Quebrangulo e Palmeira dos Índios.
  • 1950: Chegada ao Rio São Francisco em Porto Real do Colégio.

IV. A Chegada do Ferry Boat (3:03 - 3:27)

  • A chegada da linha férrea trouxe a construção de um ferry boat.
  • Entendimento da necessidade e funcionamento do ferry boat.
  • O objetivo de gerar maior poder econômico para Porto Real do Colégio e cidades vizinhas através da conexão ferrovia-rio.

V. O Ferry Boat em Operação (3:36 - 4:24)

  • Início da construção do ferry boat em 1960.
  • Finalidade da construção: conexão entre Alagoas e Sergipe através do Rio São Francisco.
  • Considerado uma obra grandiosa e um marco na história de Porto Real do Colégio.
  • Facilitava o transporte de balsas de Porto Real do Colégio para a margem sergipana do rio.
  • Auxílio no transporte de carga, fomento da economia, empreendedorismo e trabalho na cidade.

VI. O Fim do Ferry Boat e a Construção da Ponte (4:27 - 5:07)

  • Vida curta do ferry boat.
  • 1972: Construção e inauguração da ponte Propriá-Colégio.
  • A ponte como conexão definitiva entre as margens do Rio São Francisco e entre Alagoas e Sergipe.
  • Perda de utilidade e relevância do ferry boat.
  • A ponte facilitou a comunicação, comercialização, entrega de mercadorias e transporte de pessoas.

VII. Desenvolvimento e Declínio da Ferrovia (5:10 - 6:16)

  • Período de desenvolvimento econômico e social em Porto Real do Colégio impulsionado pela atividade ferroviária.
  • A ferrovia como importante rota de transporte de produtos agrícolas, mercadorias e passageiros.
  • Contribuição para o crescimento da cidade e comunidades vizinhas.
  • O surgimento da ponte Propriá-Colégio em 1972 marca o início do declínio gradual das atividades ferroviárias.
  • A nova ponte oferecia uma alternativa mais eficiente de transporte.
  • Fechamento progressivo da linha ferroviária e do ferry boat do São Francisco.
  • Fim das operações em 2007, marcando o fim de uma era para Porto Real do Colégio.
  • Memórias da época em que os trilhos eram o coração pulsante da cidade.

VIII. O Fim da Rede Ferroviária e Novos Desafios (6:19 - 7:21)

  • Privatização da Rede Ferroviária Federal e sua extinção em 2007.
  • Porto Real do Colégio enfrenta uma nova história, mudança econômica e reestruturação do transporte.
  • Novos desafios e necessidade de adaptação da cidade.
  • Reinventar-se economicamente e criar novas soluções sem a opção dos trilhos para conexão com Sergipe e Propriá.
  • Necessidade de novas adaptações para manter o comércio, volume econômico, geração de emprego e transporte de pessoas.

IX. As Ruínas e o Legado (7:21 - 8:30)

  • As ruínas da linha ferroviária e do ferry boat como testemunhas silenciosas do passado da cidade.
  • Importância do passado no presente e futuro de Porto Real do Colégio.
  • Antigas estações de trem e estruturas de atracação ainda visíveis às margens do rio, evocando memórias.
  • Apesar do fim das operações, o legado da era ferroviária vive na cultura e identidade da comunidade local.
  • Preservação e valorização das raízes históricas através de lembranças e histórias compartilhadas.
  • O passado de Porto Real do Colégio inspira as futuras gerações a valorizar sua rica herança ferroviária.

X. Conclusão (8:31 - 8:48)

  • A ferrovia em Porto Real do Colégio pode ter parado, mas sua história nunca será esquecida.
  • Lembrança constante de que progresso e memória andam juntos.
  • A história sempre marcará o passado, refletirá no presente e moldará o futuro.

XI. Entrevista com Ronaldo Pereira de Lima (Ron Perlim) (9:10 - 15:02)

  • Apresentação do escritor Ronaldo Pereira de Lima e seu empreendimento Terra Marron Saúde Natural, localizada na cidade de Porto Real do Colégio.
  • Relevância da entrevista para obter esclarecimentos sobre a história da cidade.
  • Informações sobre os livros de Ronaldo Pereira de Lima ("Às Margens do Rio Rei", "Porto Real do Colégio: História e Cultura", "Porto Real do Colégio: Sociedade e Cultura") e seus blogs (Urubumirim e Blog do Ron Perlim).
  • Ronaldo Pereira como presidente do Ceculc (Centro de Cultura Colegiense) e do CCP (Centro de Cultura de Propriá), e idealizador da Flipriá (Festa Literária de Propriá).
  • Agradecimento pela presença e colaboração de Ronaldo Pereira de Lima no documentário.
  • Comentários de Ronaldo Pereira sobre a importância de compreender o passado para entender o presente e construir um futuro melhor.
  • Menção ao livro "Palmeira-Colégio" de Boaventura Vieira Dantas como fonte importante sobre a história da ferrovia.
  • Discussão sobre o conteúdo do blog Urubu Mirim relacionado à ferrovia, mencionando um artigo de Adriano da Silva Ribeiro sobre a inauguração da ferrovia.
  • Ronaldo Pereira de Lima compartilha suas memórias da época da ferrovia, incluindo os trilhos na Av. Governador Moacir Andrade, os vagões, os armazéns, a Vila dos Operários e a conexão com o ferry boat.
  • Reafirmação da importância da Rede Ferroviária para a economia do município e da região.

XII. Impacto Econômico e Considerações Finais (19:00 - 24:53)

  • Pergunta sobre o impacto econômico da ferrovia e da ausência da ponte na cidade.
  • Ronaldo Pereira discute que a chegada da ponte não trouxe grandes benefícios econômicos para Porto Real do Colégio.
  • Menção à dependência econômica de Propriá.
  • O Grande Hotel como um importante fator econômico na época da ferrovia.
  • Comparação do desenvolvimento comercial passado e presente.
  • Discussão sobre a relativa independência econômica da zona rural.
  • Agradecimento a Ronaldo Pereira de Lima por sua contribuição e conhecimento.
  • Reconhecimento de suas obras e iniciativas culturais.
  • Comentários finais de Ronaldo Pereira  de Lima sobre a importância do documentário para registrar a memória da cidade.
  • Agradecimento de Cleverson Dantas a Ronaldo Pereira por sua participação.

XIII. Encerramento (24:53 - 25:29)

  • Apresentação de Cleverson Dantas como morador e produtor do conteúdo.
  • Agradecimento a todos os colaboradores da pesquisa.
  • Promessa de mais histórias sobre Porto Real do Colégio em futuros episódios.

Fonte: Amigos REC. A linha do Trem em Porto Real do Colégio - Uma Jornada pelo Tempo - YouTube. Acesso em 09 de abril de 2025.

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28 de maio de 2024

Entendendo o timbre maçônico Cavaleiros do Porto Real

 

Em forma de Dístico Circular em faixa, envolvendo o timbre, com letras na cor amarela, que significa luz e calor, simboliza o sol e o verão a prosperidade e a felicidade. Sobrepondo fundo verde, que significa a juventude e a renovação da natureza. Em seu interior, na parte superior, escrita com nome da Loja: “A:. R:. L:. S.. CAVALEIROS DO PORTO REAL, N° XXX”; na parte inferior, a identificação do Oriente da Loja e a sua data de fundação: “OR:. DE PORTO REAL DO COLEGIO ”.

No interior do dístico, em círculo, que simboliza o infinito, divisamos o desenho do Timbre da Loja, propriamente dito, com a seguinte interpretação:

Circundando o desenho, temos dois Ramos de Acácia na cor azul celeste, (cor da Maçonaria Simbólica, cor da tolerância, que deve caracterizar o desejo de excelsitude, condicionando as atitudes dos maçons nos três primeiros graus da maçonaria; é também, a cor do ar como elemento. A Acácia, representa, ainda, a Virtude, a Inocência e o Trabalho, no ápice das folhas que são interligadas pelo símbolo do Rito Adhoniramita, escolhido para pratica maçônica da loja .

No interior dos dois ramos de acácia, divisamos: Em destaque as três grandes luzes da maçonaria: 1 ) - o Esquadro e o Compasso Unidos (na cor amarela, símbolo da riqueza e da grandeza), representando a medida justa que deve presidir as ações da Loja que não pode afastar-se da Justiça e da Retidão, regedoras de todos os atos do verdadeiro maçom. 2) - Livro da Lei significando que o trabalho maçônico , que só é possível com a presença da Luz, símbolo da revelação, reflexo às divindades, que iluminam nosso coração, nossa inteligência e nossa sabedoria para discernimento da verdade.

Na perspectiva central, em alusão a cidade de PORTO REAL DO COLEGIO, berço da A:. R:. L:. S:. CAVALEIROS DO PORTO REAL, o barco a vela simbolizando a chegada dos padres jesuítas em suas caravelas a região, que desciam o rio São Francisco em companhia, encarregados da

catequese dos “gentios”, foram os primeiros civilizados a pisar o aldeamento que ficava à margem do grande rio, deixando o primeiro marco da civilização, enaltecendo que Porto Real do Colégio tem no rio São Francisco o seu maior potencial para o desenvolvimento do turismo, os passeios de canoas à vela ou motor, as praias formadas pelas coroas de areia no leito do rio desenvolvem a economia e as grandes obras do município.

No Livro sobreposto ao barco, simbolizando o Livro da Lei, foi gravado a estampa “LUX MEA LEX”, também representando que jesuítas erigiram na povoação, uma capela sob a invocação


de Nossa Senhora da Conceição em frente a capela, e nos meados do século XVII fundaram um convento e um colégio hoje matriz de Nossa Senhora da Conceição. Neste colégio, ensinavam-se línguas, entre elas o latim. A satisfação, do desejo de conhecer de todo maçom se inicia quando sentimos uma substância invisível, um fluído divino, um potencial de energia, a presença de luz, portanto deve ser reconhecida como verdadeira a tradução latina “A LUZ E MINHA LEI”.

Na parte inferior do dístico circular, no vértice dos ramos de acácia, posta-se um atarabebê, (ornato e borla de penas que os índios usam na tangapema ), laureando a forte presença indígena na região, nas cores: branco, preto e vermelho representando de modo geral, que o povoamento de Porto Real do Colégio foi resultado da fusão das três raças que colonizaram o Brasil, o branco desbravador; o negro, elemento próprio para o trabalho agrícola e o índio, dono da terra.

O fundo azulado do timbre, vistos nas margens do Velho Chico, a esperança de um futuro promissor, nesta região que liga o norte ao sul da região nordeste, com sua Ponte Férrea Cruzando o grande Rio do Brasil, significa que todo o maçom desse brilhante Quadro de Obreiros, livres e de bons costumes e acima de tudo justos e verdadeiros, devem tanto durante o dia quanto durante a noite, buscarem a verdadeira luz, o objetivo maior da Maçonaria Universal, para o bem comum da humanidade. O Rio estilizado no Azul Celeste, é considerada símbolo da força; símbolo harmonioso da vida em comunidade e a sua infatigabilidade no trabalho é um exemplo positivo para os Obreiros do Baixo São Francisco, assim como um peixe não resiste fora d´água, um maçom necessita da Loja, para ser forte através do poder da Sabedoria do Amor à Virtude, a fundação da A:.R:.L:.S:. CAVALEIRO DO PORTO REAL é uma viagem sem volta e profunda, um resgate dos mais puros valores inerentes ao ser, à busca do universo interior, a busca do "conhece-te a ti mesmo". Uma viagem para a qual, as condições sociais profanas, a cor, a raça, os credos religiosos e políticos, assim como os metais que distinguem o rico do pobre, tornam-se fardos desnecessários e incômodos.

Forma-se então, a Egrégora, uma reflexão agora coletiva elevada ao Supremo Criador dos Mundos, desejando a paz entre os homens, que todos possam se transformar em homens de boa vontade, na cidade de Porto Real do Colégio, esta é a casa onde os desesperados encontram a esperança e os tiranos possam encontrar o caminho da justiça.

 

ESTANDARTE

O estandarte da Loja terá as seguintes dimensões: no seu comprimento total com 1,20m (um metro e vinte centímetros) e, na sua largura total, com 0,80m (oitenta centímetros). Em sua forma retangular, com 1,00m (um metro) de comprimento, por 0,80m (oitenta centímetros) de largura, e na parte inferior, termina em um triangulo invertido nos seus últimos 0,20m (vinte centímetros).

O fundo do Estandarte será na cor amarelo-ouro (dourado) representa a riqueza, o dinheiro e o ouro. Está associada à nobreza, à inteligência e ao luxo, há uma predominância nas cores: verde (símbolo da vida e da esperança) e amarela (símbolo da riqueza, que indica penetração e grandeza); cores que também caracterizam a nacionalidade Brasileira. Todo o contorno do estandarte em suas laterais, será adornado por uma franja dourada; exceto na parte superior que terá um acabamento para encaixe de haste metálica ou de madeira.


Nas laterais do estandarte, estão dispostas as Colunas Jonica e Borica, uma de cada lado, fortalecendo e dando guarda ao Timbre da Loja (com a descrição da interpretação feita em separado), em dimensões proporcionais à área total do estandarte. “Concebendo que o Templo é sustentado por Pilares, que se situam no mundo dos Arquétipos, onde tudo se funde numa Luz cujo brilho é imarcescível.” As Duas Colunas assinalam os limites do Mundo criado, os limites do mundo profano, de que a vida e a morte são a antinomia extrema de um simbolismo que tende para um equilíbrio que jamais será conseguido. As forças construtivas não devem agir senão quando as forças destrutivas tiverem terminado a sua tarefa. Essas forças são ‘necessária’ uma à outra. Não se pode conceber a coluna J. sem a coluna B; o calor sem o frio, a luz sem as trevas . Todo o ser vivo se encontra constantemente num estado de equilíbrio instável, formado pela criação de células novas e a eliminação de células mortas.

Ainda no interior do estandarte, sobrepostos, divisamos os seguintes dísticos:

1.                          Na parte Superior do Estandarte:

a)                     Saudação ao Grande Arquiteto do Universo, em abreviatura maçônica: A:.G:.A:. D:. U..”

(A Glória do Grande Arquiteto do Universo);

2.                          Acima do desenho do Timbre da Loja:

- Coroa Estilizada, representando o Colégio que deu origem a Cidade de que tinha o nome de Real.

3.                       Abaixo do desenho do Timbre da Loja:

a)                                 A Potência que a Loja é federada,: “Grande Oriente do Brasil.”;

b)                                A subordinação à Potência Estadual, em abreviatura maçônica: GOB AL.

c)                                 A data de fundação da Loja: “Fundada em 01 de Março 2021”;

d)                                O Nome do Rito praticado pela Loja: “Rito Adonhiramita”;

4.                No triangulo invertido, destaca-se O Pavimento de Mosaico com os seus quadrados brancos (cor consagrada a divindade) e preto (cor consagrada a Hiran e a Cristo), simbolizando a união, a harmonia e a tolerância que é preciso reinar entre os irmãos da loja que, apesar das diferenças humanas e materiais, devem estar unidos pela mesma argamassa, firme em seus propósitos, executarão grandes obras.

Descrição

ROGIO JOSE OLIVEIRA LIMA

Grão Mestre Estadual CIM 177151


Desenho

HELIO LIMA DA SILVA

Mestre Maçom CIM 311265


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13 de abril de 2024

Relatório sobre os bens materiais, imateriais, artístico e paisagístico de P. R. do Colégio

Monize Neri e Ron Perlim. 2024
 

No dia 31 de março de 2024, o presidente do Ceculc (Centro de Cultura Colegiense), o escritor Ron Perlim entregou uma cópia do Relatório sobre os bens materiais e paisagísticos de valor histórico e cultural, bens imateriais, artístico e cultural de Porto Real do Colégio, Alagoas.

Este relatório foi fruto de um TAC acordado entre o município de Porto Real do Colégio, mediante audiência pública que ocorreu no Centro Administravo, e o Ceculc para que se fizesse um relatório de todos os bens que dispõe. É bom lembrar que isso se deu por causa do Coreto, localizado na Pça. Rosita de Monteiro que foi demolido por pura ignorância e prepotência do Executivo e seus aseclas.

O processo do TAC estava para ser arquivado, mas o presidente do Ceculc entrou com um recurso pedido o não arquivamente e que o município cumprisse o que havia acordado. Acatado o pedido, o Ministério Público Estadual oficiou o Poder Executivo e este, através da Secretaria Municipal de Administração, baixou a Portaria de nº 045/2023, de 29 de novembro de 2023 que diz:

“Dispõe sobre a instituição da “Comissão de Promoção a Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico, Paisagístico, Cultural e Imaterial de Porto Real do Colégio” e a nomeação de seus membros titulares.”

O Prefeito do Município de Porto Real do Colégio – AL, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela Lei Orgânica Municipal e Constituição da República Federativa do Brasil, em virtude da celebração de Termo de Ajuste de Conduta entre esta municipalidade e o Ministério Público Estadual

Resolve:

Art. 1º: Instituir a “Comissão de Promoção a Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico, Paisagístico, Cultural e Imaterial de Porto Real do Colégio”, que deverá promover a identificação de bens com valor histórico-cultural deste município e, posteriormente, realizar catalogação, inventário ou tombamento, conforme necessário.

Parágrafo Único: A referida comissão deverá iniciar seus trabalhos no dia 01º de dezembro de 2023 e os finalizar em 04 de março de 2024, ocasião onde deverá apresentar relatório detalhado acerca dos itens que compõe o acervo histórico, artístico, paisagístico, cultural e imaterial do Município de Porto Real do Colégio – AL.

(...)

Foram nomeados para esta comissão: Ronaldo Pereira de Lima (Ron Perlim), pesquisador, escritor, professor; José Nunes de Oliveira (Nhenety), escritor, pesquisador, memória viva dos Kariri-Xocó e Adriano da Silva Ribeiro, professor e Historiador. Todos os membros da Comissão fazem parte do Centro de Cultura Colegiense, instituição sem fins lucrativos, apolítica e tem como um dos principais objetivos proteger os bens materiais, imateriais,artísticos e paisagísticos de Porto Real do Colégio.

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