4 de julho de 2012

Nego d'água

Muitas sãos as estórias que se contam a respeito da Mãe d’água e do Nego d’água e na web não faltam textos que lhes atribuam várias características.

Irei, no entanto, transcrever as palavras de Lima, onde este faz uma descrição desse ser de acordo com a contação colegiense. Segundo ele, a Mãe d’água é de menor estatura e não possui nenhum pelo no corpo. Já o Nego d’água apresenta algumas características físicas dos homens: possui pele escura, corpo peludo, pescoço anormal e é careca.
Quando os pescadores não os respeitam, quebram as canoas deles a pedradas. Vivem no fundo do rio em companhia dos peixes e quando vêem o gênero humano, esconde-se nas águas. Tanto um como o outro gostam das pedras e aparecem poucas vezes. Assustam os pescadores para se protegerem.

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12 de junho de 2012

Faustino Vieira Sandes

A primeira penetração na suas terras (Água Branca), deve-se a três irmãos da família Vieira Sandes, procedentes de Itiúba, uma povoação localizada à margem do São Francisco, que nos dias de hoje, pertence ao município de Porto Real do Colégio. Em 1769, mais ou menos, as propriedades compreendidas nas sesmarias que correspondem aos atuais municípios de Mata Grande, Água Branca, Piranhas e Delmiro Gouveia, foram arrematadas em leilão realizado na cidade do Recife, ocasião em que se encontrava de posse das terras, por arrendamento, o capitão Faustino Vieira Sandes, membro da família Sandes, de Água Branca. Tal senhor foi a primeira pessoa a desbravar as terras do município, atraído às suas paragens pelos bons pastos na zona da caatinga, como também pela riqueza da região serrana, onde a exuberância do solo e a fertilidade do mesmo, favoreciam o desenvolvimento de lavouras, como a da cana-de-açúcar,mandioca e dos cereais. Assim, o capitão Faustino Vieira fixou-se no lugar, instalando em seguida uma fazenda de gado, tempo em que se registraram os primeiros núcleos de povoamento. 



Referência:

GALVÃO, Paulo et all. Eles Fazem Alagoas. Editora Jornalística Manchete dos Municípios Ltda. p. 19-20 Jaboatã/PE, 1986.
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16 de maio de 2012

Rôndone Ferreira dos Santos


“(...) encontrei a moringa que resolvi decorar. Uma peça tão comum aqui, usada antigamente para guardar água e mantê-la fria, mas que representa a cultura do povo nordestino. Hoje em dia ela é pouco usada, pois a modernidade representada pela geladeira já chegou a todo canto e a moringa vai deixando de ser utilitária e pode desaparecer, porém decorada pode decorar ambientes e fazer-nos lembrar de sua importância cultural na vida do povo nordestino”.
Rôndone Ferreira Santos
Rôndone Ferreira Santos, natural de Porto Real do Colégio, Alagoas é missionário da Tradicional Igreja Batista do Brasil. Viveu por dez anos no Amazonas, trabalhando entre o povo indígena Kanamari. Nela desenvolveu algumas técnicas de pintura e para homenagear aquele povo, pintou várias telas contendo informações do cotidiano amazônico. Suas telas estão catalogadas no Sistema Júlio Louzada de Artes Plásticas Brasil, Filiado ao SINAP-ESP AIAP/UNESCO.
 
Expôs algumas de suas telas em Araçatuba – São Paulo; Aracaju - Sergipe e Própria, cidade ribeirinha que faz divisa como o estado de Alagoas.
As imagens de suas telas estão disponíveis na Artelista que é um site líder mundial nessa categoria dirigida para particulares, sendo o maior catálogo internacional de obras de arte. Mantêm o blog Art&cia como sua galeria virtual.
Atualmente, na cidade de Porto Real do Colégio, em Alagoas, trabalha com a comunidade local  e na aldeia dos Kariri-Xocó, ministra curso de artes, dedicando-se ao projeto: Epafrodito, em parceria com a igreja Batista e a Missão Exodus de Salvador-BA.
Contato através deste e-mail: rondartecia@hotmail.com.
Para conhecer melhor as atividades de Rônodone, acesse: http://artecia-artecia.blogspot.com.br/,
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6 de maio de 2012

Orlando Santos

Colheita de Arroz

“O cubismo é uma temática versátil, de grandiosidade e movimento muito marcante da arte. Meu trabalho é influenciado por mestres como Picasso, Portinari e Di Cavalcanti”.
Orlando Santos


Orlando Santos nasceu em Porto Real do Colégio – Alagoas no dia 10 de novembro de 1959. Filho de Antonio Oliveira Silva e Edite Santos Silva. Estudou artes na Fundação Pierre Chalita, em Maceió e na Escola Nacional do Desenho em Porto Alegre.

Fez várias exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior. Em 2003, apoiado pela gestão do ex-prefeito Eraldo Cavalcante Silva, ministrou uma Oficina de Artes, denominada: Descobrindo Talentos na cidade de Porto Real do colégio, promovido pela Secretaria Municipal de Educação. Essa oficina foi realizada no antigo Grande Hotel. Até a presente data é possível presenciar várias pinturas na parte interna do prédio onde eram realizadas as aulas.
 
[1]Segundo Lima, Orlando “(...) trabalha com óleo sobre tela, expôs pela primeira vez, em 1982 no Teatro Deodoro. Em sua trajetória, Orlando Santos conta que visitou e experimentou várias tendências e estilos – do Realismo ao Impressionismo, passando pelo Expressionismo, mas encontrou-se, finalmente, nas linhas Cubistas numa espécie de propriedade de descrever a realidade objetiva e subjetiva sob a ótica da Geometria Plana. Inspirado em Picasso e Portinari garante, no entanto, que a referência não o impede de respirar seu próprio ar e refletir sua própria luz, produzindo uma obra feita com a alma”.

Contatos:
Fone (82) 8858-9804
e-mail: orlandosantos@yahoo.com.br




[1] LIMA, Ronaldo Pereira de. Às Margens do Rio Rei. Aracaju, Editora J. Andrade, 2006.
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27 de abril de 2012

Letra do hino municipal: 2ª colocada

A letra do hino municipal, segunda colocada do concurso realizado pelo fórum Dlis, de autoria de Múcio Niemayer Feitosa possui cinco estrofes e um refrão.

A estrofe um trata de aspectos físicos do colégio jesuítico e das enchentes do Rio São Francisco, como pode ser observadas nos versos transcritos:
Sobre pilares que o punha
Ao abrigo das grandes enchentes
Tu foste construído e se fez
Soberano a nossa gente.

A segunda fala de um suposto nome “verdadeiro” para a cidade, mas refutado pelas referências mais antigas. Quanto a expressão rio rei, esta foi emprestada do dr. Aberlado Duarte, na obra Três Ensaios, onde defende a ideia de realeza incluída ao nome da cidade.
A vista do imenso Brasil
Um Colégio do Porto
Real para enaltecer
O glorioso rio rei
 
A terceira da miscigenação de índios, colonizadores e negros. Quanto às “bravuras”, elas se aplicam as conquistas religiosas que não foram grande coisa do ponto de vista indígena porque elas trouxeram graves consequências para eles até os dias atuais. A palavra bravura não pode ser compreendida como fato heroico, mas como estratégia do governo como meio mais brando de colonizar os silvícolas por meio da fé católica.
No berço da tua história
A miscigena cultura,
De jesuítas bravuras,
O índio, o afro, o colonizador.

O refrão faz uma alusão à praga da peste em 1911 que estimulou a vida de São Roque para a paróquia devido a um suposto milagre realizado por esse “santo”.
Em que estende o teu esplendor.
Sê de Deus criador,
- Na peste vencedor –
O louvor a Roque e a Conceição pura.

A estrofe de número quatro diz respeito às manifestações culturais do município, expressas pela confecção de peças usando argila, pesca artesanal, danças, bordado e alguns folguedos que não mais existem.
Exaltar a riqueza do barro,
Da pesca, da rizicultura,
Dos reisados, torés, pastoris,
Dos bordados, dos cocos, guerreiros.

Por fim, a última declama o amor do colegiense por sua terra, que fazem parte desse amor os que já se foram, os que estão e os que virão.
Acordar com o teu sol, numa canção:
De amor por ti.
E os teus filhos passados, presente e futuros...
Em tua noite irão sonhar e te eternizar.

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