19 de março de 2015

A Pintura indígena

Por Josemar Pires
 
Embora chame muita atenção A Pintura Indígena representa mais que simples traços e formas, o Corpo Representa uma Tela onde são guardados segredos e Experiências vivenciadas pelos indivíduos e são refletidos perante os demais, que lhe proporciona Respeito e Reverencia.

 A mulher usa na maioria das vezes Desenhos em Forma de Círculos, que Representa a Fertilidade, Em Reverencia a Mãe Terra que nos Proporciona Todos Os meios necessários para nossa sobrevivência e é também Pelo Formato Que A barriga fica no período da Gestação.

 Os Homens têm como figuras as Experiências vividas ou habilidades desenvolvidas, que ganham notoriedade perante os outros membros das comunidades e até gera uma certa influência na hora de construir sua Família.

 A Tonalidade Preta, que São Feitas de Carvão e Mel de Abelha (Para Cerimônias de Pouca Duração) ou do Sumo Do Jenipapo verde que demora mais dias para sair completamente da pele, Representa a Noite (Ou invisibilidade) Por ser uma vantagem nas Lutas Noturnas. E o branco Do Tóa, Argila muito utilizada no tingimento de alguns Utensílios domésticos e No Corpo Representa a Paz e a Harmonia uma forma de demonstrar para os desconhecidos Que Eram amigos . Embora cada Etnia Tenha sua simbologia a Cultura Indígena em si Deriva da Relação e dos conhecimentos Naturais, Conhecimentos Esse que muitas vezes Foram Perdidos nas várias Lutas Pela Sobrevivência De Cada Povo.

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13 de fevereiro de 2015

O canto das farinhadas

Farinhada
Óleo sobre tela de Orlando Santos
O cd, O canto das farinhadas, produzido na gestão do ex-prefeito Eraldo Cavalcante Silva foi gravado pela Servestudio, em Propriá, Sergipe.

Escutá-lo é mergulhar no que há de mais profundo, enraizado na cultura colegiense. Se não fosse a intervenão municipal, essa riqueza cultural teria se perdido. Não seria possível ouvir as músicas A mandioca se acabou, Andorinha e outras.

Como diz seu idealizado, o ex-prefeito Eraldo C. S.: “(...) nós batizamos por unanimidade a “farra” mais conhecida de farinhada, como mandiocada, mais precisamente à região de Porto Real do Colégio (AL) e que é emitida com o som nasalado, transformando-se em mãedocada”.

Participaram da gravação deste cd as senhoras Irene, Rita, Luzinete, Vandete, Cícera, Adriana, Valdeci, Edileuza.Ilza, Olindrina, Ana Maria, Renilde, Sileide, Zeferina, Carmelita, Rosilene, Solange, Eurides, Nadi, Lourdes. Elas são dos povoados Gila, Pau da Faceira, Canoa de cima, Canoa de Baixo, Capim Grosso, Retiro e Maraba.

Tão importante é O canto das farinhadas que Foturna nos presentou com a sua belíssima voz cantando Leva eu saudade.

Transcrevo a letra dessa música para que você possa acompanhar e refletir sobre o amor e saudade.

Interpretada por Fortuna (CD Novo Mundo)

LEVA EU SAUDADE

Eu tava forrando a cama
A cama pro meu amor
Deu um vento na roseira
A cama se encheu de flor
Leva eu, saudade
Se me leva eu vou

Cajueiro pequenino
Carregadinho de flor
Eu também sou pequenina
Carregada de amor
Leva eu, saudade
Se me leva eu vou

Eu tava forrando a cama
A cama pro meu amor
Deu um vento na roseira
A cama se encheu de flor
Leva eu saudade
Se me leva eu vou

Meu amor não era esse
Nem a esse eu quero bem
Vou ficar amando a ele
Enquanto meu amor não vem
Leva eu, saudade
Se me leva eu vou

Eu tava forrando a cama
A cama pro meu amor
Deu um vento na roseira
A cama se encheu de flor
Leva eu, saudade
Se me leva eu vou

A flor já ta quebrando
Eu sou flor branca amorosa
Eu te amo por capricho
Pra matar as invejosas
Leva eu, saudade
Se me leva eu vou


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16 de agosto de 2014

Campo Alegre

Sua história e sua gente - Em data precisa que a História não guardou, mas sabe-se, por volta de 1750 a 1800 o cacique de uma tribo de índios da nação [1]açonas que habitava a região de Porto Real do Colégio, raptou Ana Margarida de Barros, filha de um rico proprietário que atravessara o Rio São Francisco fugindo da sêca (sic) que assolava Sergipe. Trouxera consigo muitas cabeças de gado, fixando-se naquela zona. O casal foi residir em Salomé (hoje São Sebastião) e mais tarde, veio a casar religiosamente em Penedo. Desta união, nasceu Antônio de Barros que alguns anos depois, já rapaz, chegou ao [2]local que seria mais tarde, a sede do atual município de Campo Alegre.


MOTTA, Hilton C. Enciclopédia dos Municípios Alagoanos. Maceió: Sergasa, 1988.




[1] Leia-se Aconãs.
[2] Refere-se a Mosquito de Cima.
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21 de abril de 2014

O Pablo Picasso alagoano

Quem vai com frequência ao Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares, de Maceió, certamente já deve ter apreciado diversas obras de arte, dentre as quais se destaca um belíssimo painel que retrata camponeses alagoanos. Este quadro é de autoria de Orlando Santos.

De repente, você já viu quadros do mesmo pintor em hotéis (Ritz Lagoa da Anta), restaurantes e casas de Maceió, inclusive na minha.

Tão logo vi pela primeira vez sua obra, fiquei fascinado (estava na casa de uma amiga, Clarissa Soares). Procurei-o imediatamente, que me recebeu com muita atenção em sua casa/ateliê, no Eustáquio Gomes, em Maceió.

Chegando lá, vi sua vasta produção, de estilo inconfundível: o cubismo, com tons regionais.
Natural de Porto Real do Colégio-AL, Orlando Santos já participou de várias exposições. Em seu site, consta que: “Artes plásticas e cultura popular. A união dessas vertentes se torna um prato cheio nas mãos do cubista alagoano Orlando Santos, que consegue transmitir com pinceladas a grandeza e o colorido das manifestações folclóricas do Nordeste. Seus quadros podem ser vistos em hotéis, pousadas, escolas, e lojas, e também no saguão do aeroporto Zumbi dos Palmares (Os Camponeses – Acervo Infraero), em Maceió”.

Recebeu a seguinte crítica de BeneditoRamos.

“É aquele artista que consegue cristalizar sua obra num estilo marcante e pessoal. Dono de um colorido rico, de texturas luminosas e belas transparências, criou um desenho firme que se acentua, multifacetado compondo harmoniosamente cada obra. Conhecedor das manifestações populares do povo nordestino, abriga sua composição sob um suporte de brasilidade inconfundível. Suas figuras parecem estar atentas, ora olhando firmemente o observador, ora absortas na paisagem que lhe circulam. Como uma colcha de retalhos, assim é sua obra, o artista vai preenchendo os espaços entre a cor e a forma sugerindo imagens que apenas se delineiam. Mas, é sobre tudo a cor, é esta cor que parece pousar levemente sobre o objeto, escondida entre tantas outra cores menor, que nos leva a formar nossa imagem particular. Aquela imagem que surge num traço, num gesto apressado, numa sombra disfarçada. É nesse recanto longínquo da nossa percepção que o artista reserva toda profundidade e o caráter social de seu trabalho. É quando descobrimos a melancolia escondida no olhar de suas figuras. Uma tristeza que se disfarça na seriedade dos rostos, é a própria luz noturna da paisagem urbana que peramula até o bruxuleio da madrugada. É assim que, Orlando Santos consegue nos revelar esta relação profunda do artista com sua gente”.


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2 de fevereiro de 2014

Objeto do Canto

Maracá de cambuco.
 
Temos o maracá, instrumento de cuité que inicia o ritmo do canto, o búzio, uma trombeta de facheiro que marca a cadência do som, ambos elementos produzido segundo modelo cultural pelo artesão para esta finalidade musical. Cantar Toré começa até mesmo antes de nascer, porque a gestante com a criança no ventre passa ao filho as emoções para o futuro componente tribal. Após o nascimento, existe um Toré anunciando o novo membro da Tribo que receberá um nome e será reconhecido socialmente pelos parentes com uma dança. Portanto a música está presente em todo acontecimento constituindo o mundo cultural indígena sendo veículo expressivo e comunicativo.
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24 de novembro de 2013

Zezinho Sanfoneiro

José Rosendo dos Santos (Zezinho Sanfoneiro) e a Banda Milho Verde teve participação especial no cd ZéPaulo, o major do forró: a andorinha com as músicas Amor desmantelado e Milho verde do forró em 1994.  Zezinho Sanfoneiro ou do Acordeon foi o primeiro cantor e compositor colegiense que participou do lançamento de um cd.

A Banda Milho Verde se apresenta, faz anos, no espaço do Forró Real que acontece entre os dias 22 a 29 de junho de cada ano. O Forró Real acontece na Praça de Eventos, específica para esse fim, localizada no fundo da antiga estação ferroviária na Av. Gov. Moacir Andrade.

Contato: (82) 3553-1774
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10 de junho de 2013

Neto do Forró

José Ferreira Neto nasceu em 10 de outubro de 1957 no Povoado Carnaíbas, zona rural de Porto Real do Colégio. Filho de Valdete Ferreira dos Santos e Ezilda Féliz. Estudou até a sexta série no povoado onde nasceu. Veio para a cidade em 1991. É Agricultor e cantor

Seu nome artístico é Neto do Forró. Seu primeiro Cd, denominado Homenagem Ribeirinha (A letra da música Homenagem Ribeirinha homenageia a cidade de Porto Real do Colégio), foi gravado em Propriá no estúdio de Lourival, patrocinado pela prefeitura de Porto Real do Colégio na gestão do ex-prefeito Eraldo Cavalcante Silva. O segundo foi gravado ao vivo na cidade de Neópolis ficou conhecido como Neto do Forró ao vivo.

Em 2007, no Forró do Comércio na cidade de Propriá – Sergipe, foi gravado Neto do Forró & Bruno dos Teclados ao vivo por Betinho Foto Studio. Foram gravados o CD e DVD.  Em 2008 lançou seu último CD, denominado Neto do Forró Volume IV no Studio D em Propriá – Sergipe.

Todas as composições são de sua autoria, exceção para a música Conselho ao motorista em parceria com Zequinha do Acordeom que se encontra no volume IV.

O estilo de suas músicas varia entre o forró pé-de-serra, eletrônico e brega. Apresentar-se-á no Forró Real no dia 29 de junho.

Contato para shows: (79) 8855-3903 
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28 de abril de 2013

Fernando Vênus


Fernando Vênus é natural de Porto Real do Colégio – Alagoas. Atualmente reside em São Paulo, capital.

Seu primeiro CD “Assim cantava Carlos Alexandre” foi gravado pala Atlantis Estúdio de Gravações Ltda. Todas as músicas foram compostas por ele. O estilo de música é sugerido pelo título do CD que homenageia Carlos Alexandre, conhecido cantor brega dos anos 70 e 80.

Pela mesma gravadora veio seu segundo CD, denominado Filho do mundo. Eis um trecho da letra:

Meu velho pai
Há quanto tempo que a gente não se vê
Mas a ausência não fez te esquecer
Mesmo eu sendo um filho que o abandonou

Novo ano, nova era é o seu trabalho recente, gravado em 2012.
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20 de abril de 2013

Múcio Niemayer

Múcio Niemayer Feitosa é artista plástico, músico, professor de História e Arte-educador.

Seu contato com a arte é desde criança, sempre estimulado por familiares. Mas foi na adolescência, influenciado pelo artista plástico, geógrafo, técnico em engenharia-arquitetônica e professor Antônio Jorge Maia, que ele deu início ao desenvolvimento de pinturas em telas, expondo pela primeira vez na Galeria Álvaro Santos, em Aracaju por indicação de seu mestre. A partir daí, pintou vários quadros por encomenda.

Compôs pela primeira vez em 1996 a música Menino Rei. Em 1999 ingressou na Faculdade de Formação de Professores de Penedo (FFPP). Nela, conheceu Wendel Mota, seu parceiro de idealizações e de composições. Em agosto de 2001, por meio da Secretaria de Educação, na gestão do ex-prefeito Eraldo Cavalcante Silva, gravou o cd O meu por quê. Nele, músicas como Menino Rei, Opara, Caminhos e outras foram em compostas em parceria com Wendel.

Em 1988 torna-se docente na Escola de 1º e 2º Graus Centro Educacional Professor Ernani Figueiredo Magalhães e o final de 1999 servidor efetivo do município de Porto Real do Colégio na área docente. Entre 2002 e 2003 leciona Artes na Escola de Educação Básica e Profissional Fundação Bradesco, em Propriá - Sergipe. Em 2006 torna-se professor da rede estadual na escola D. Santa Bulhões. Torna-se, no mesmo ano, Diretor escolar dessa mesma instituição e conclui em 2007 sua especialização em Arte-educação pela Faculdade São Luís de França, em Aracaju – Sergipe.

Nos anos de 2005 a 2008 foi Diretor da Casa de Cultura do município de Porto Real do Colégio – Alagoas.
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19 de março de 2013

O porto real

Seu território, às margens do Opara, como era chamdo o São Francisco, abrigava várias tribos indígenas: Cariris, Carapotás, Aconãs e Tupinambás, todas vivendo da caça e da pesca. Os bandeirantes, em busca de escravos, desarticularam a antiga vida tribal com sua cobiça. Os jesuítas vieram em seguida com o objetivo de catequizar os nativos e agrupá-los em uma aldeia central, por intermédio de um colégio onde ensinavam língua e religião. O colégio e o aldeamento ficavam próximos ao rio e de um porto à sua margem, protegidos pela coroa real portuguesa. Daí o nome.

O texto que recebeu grifo meu, procura explicar de forma suscinta como se originou o nome Porto Real do Colégio. Essa ideia é do historiador Douglas Aprato Tenório e encontra-se na Enciclopédia dos Municípios de Alagoas, publicada semanalmente pelo jornal Gazeta de Alagoas.
 
Perceba que no texto destacado as palavras Colégio, Porto e Real são os elementos que compõe o nome do atual município. Os nomes se entrelaçam ao contexto histórico vivido na época. Cada nome é um retalho que necessidade de cuidados para que a colcha tenha a sua importância.

Então, vamos conhecê-los por meio de referências. Dr. Aberlado Duarte, em seu Três Ensaios, pronucia-se assim:
O topônimo “Colégio” dado, a princípio, à povoação e, hoje, ao Município se prende, porém, evidentemente, à presença do Jesuíta e ao seu mistér de ensinar (Duarte: 1966, 170).

Para esse estudioso fica claro o porquê da inclusão do nome colégio ao da cidade. Referindo-se ainda a escola que havia no aldeamento, ela se chamava Colégio Real dos Jesuítas. Esta informação está registrada na Enciclopédia dos Municípios Brasileiros publicado pelo IBGE em 1950.
Apegando-se ainda a citação destacada, sugere o autor que a expressão porto real foi acrescida ao nome da cidade porque a coroa real, isto é, o império português mantinha em suas aldeias e vilas portos administrados pelo governo imperial. Para o Drº. Douglas Apratto Tenório a realeza do nome está intimamente relacionada a um local de embarque e desembarque e a presença da realeza aos seus súditos. Neste sentido, Abelardo Duarte apresenta outra explicação quando afirma que:
“(...) os Jesuítas denominavam o Rio S. Francisco real (…) (Duarte: 1966, 171)”.

Conjuga dessa mesma ideia Ernani Otacílio Méro, em seu livro: A Evangelização em Alagoas. Nele, diz:
“Não devemos esquecer que em Alagoas não existiu um Colégio e sim uma escola anexa à Residência e que o nome de Porto Real do Colégio não se prende a uma homenagem ao rei, como alguns pensam, e sim pelo fato dos inacianos terem batisado (sic) o rio São Francisco de 'Rio Rei'”. (Méro: 1995, 27).

Há, também, a versão escolhida pela tradição para justificar tal origem. Ela se encontra registrada no livro Colégio – Palmeira de Boaventura Vieira Dantas e no livro da Drª. Vera  Lúcia Calheiros da Mata, intitulado A Semente da Terra. Segundo aquele,

“Colégio, Colégio dos Índios ou Colégio dos Jesuítas, conforme era conhecido anteriormente à excursão de D. Pedro II, o magnânimo, à cachoeira de Paulo Afonso, e a sua, dele, passagem e visita aos índios e esta hoje cidade que passou daí em diante a denominar-se P. R. do Colégio (...)”. (Dantas: 1953, 183).

Todas as colocações devem ser levadas em conta, mas adianto que as que mais fundamento há são as apresentadas pelo Drº. Abelardo Duarte e Douglas Apratto Tenório. A versão da tradição não se sustenta e tratei desse assunto neste título: A orgigem do nome.

Irei em outro momento tratar considerações sobre as opiniões dos citados doutores para que se possa haver clareza sobre a etmologia do nome.


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24 de janeiro de 2013

Escola Santa Terezinha adota Laura


O livro Laura foi submetido ao prêmio Alina Paim, categoria infanto-juvenil, promovido pela Secretaria de Cultura do Estado de Sergipe, Segrase/Editora Oficial e pelo Banese (Banco do Estado de Sergipe).

Por meio de Portaria da Secult, uma comissão constituída por Aglaé D`Ávila Fontes, Maria Lígia Madureira Pina e Cláudia Teresinha Stocker, profissionais renomadas e especialistas com idoneidade e capacidade reconhecidas. Elas analisaram o livro e observaram os seguintes critérios: atualidade, abrangência e adequação do tema e do conteúdo ao gênero de literatura; relevância cultural; caráter inovador da obra; adequação da linguagem de acordo com o gênero e avaliação global da qualidade da obra.
 
Após a análise, essa comissão entendeu que o livro Laura era digno de receber o Prêmio Alina Paim. A premiação ocorreu no dia sete de fevereiro de 2012 no Museu da Gente Sergipana. A respeito de Laura, assim definiu a comissão:

"Ao ler as histórias narradas neste livro, o leitor perceberá que Laura transforma palavras em pura magia e encanto. História de medo, lobisomem, caipora, almas penadas, personagens que povoam o imaginário das crianças, são contadas por Laura ao sobrinho Fernando, com riqueza de detalhes que prende a atenção do início ao fim de cada capítulo, alimentando assim a imaginação e estimulando as fantasias, pois nem todos os nossos desejos podem ser satisfeitos através da realidade".


O livro Laura foi adotado pela Escola Santa Terezinha em Porto Real do Colégio - Alagoas. Veja o que escreveu uma das proprietárias da escola:

“Laura”, obra da literatura infanto-juvenil, premiada nessa categoria com o prêmio Alina Paim como o melhor livro no estado de Sergipe está fazendo parte da biblioteca e do currículo da escola Santa Terezinha compondo os estudos da turma do 5º ano, no período letivo de 2013. A escolha dessa obra vem resgatar o encanto e a magia do contar e ouvir estórias, assim como estimular a leitura contribuindo para o resgate da cultura local, incentivando os jovens leitores na produção de novas estórias. 
Dessa forma, estamos valorizando o autor, escritor, poeta e pesquisador, o nosso conterrâneo colegiense Ronaldo Pereira de Lima, hoje residente no estado de Sergipe. 
Marta Maria Anselmo Nobre


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15 de dezembro de 2012

Programa Terra e Mar em Colégio

A TV Gazeta de Alagoas em 2011 exibiu em seu programa Terra e Mar, reportagem sobre a cidade de Porto Real do Colégio. Nela, foram abordados aspectos históricos e culturais desse município.

Ao se referir a chegada dos jesuítas por volta do século XVII e ao colégio construído onde hoje se encontra a casa paroquial e a prefeitura, vincula essas informações ao velho Ginásio São Francisco de propriedade da CNEC (Campanha Nacional de Escolas da Comunidade), construído nos anos 60 no governo do ex-prefeito Ademário Vieira Dantas.

Seguindo o relato, baseado nas informações contidas na Enciclopédia dos Municípios Brasileiros do IBGE de 1950; o repórter diz que a visita de D. Pedro II em 1859 a vila foi responsável em chamar aquele vilarejo de Porto Real do Colégio.

Diante do que foi dito, as informações referente a escola se desvincula pelo próprio espaço de tempo, pois, do século dezessete ao vinte há uma diferença enorme. Quanto a origem do nome, não há nenhuma vinculação entre D. Pedro e ao mérito que querem dar ao imperador quanto ao nome da cidade. 

Sem uma observação das recentes referências do município, a reportagem  dar continuidade a discursos ideológicos e sem uma apuração mais rigorosa dos fatos.

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21 de outubro de 2012

Mundo circular Kariri-Xocó


Por Nhenety Kariri Xocó

Nós, indígenas Kariri-Xocó, do município de Porto Real do Colégio, em Alagoas, somos na realidade, um grupo de origem pluriétnica. Nossa formação vem da resistência dos Kariri, Aconã e Karapotó no século XVII, dos Tupinambá e Natu no século XVIII e dos Xocó no século XIX.

Nosso universo representa-se em forma de círculo. Nossa visão cultural é de um “Horizonte Circular”, de cor azul, com a Aldeia Kariri-Xocó no centro, a natureza ao redor e o Rio São Francisco passando pelo meio e completando o ecossistema.

Nossa aprendizagem é baseada em círculos evolutivos. Por exemplo, para ser um pescador, inicia-se a aprendizagem com a criança fazendo artefatos de pesca, construindo anzóis, redes e armadilhas. O pequeno índio torna-se assim, hábil pescador adulto, fechando o círculo da pesca. Para ser uma ceramista, a menina aprende com a mãe a arte de modelar o barro, as técnicas tradicionais de confeccionar potes e panelas e pintar os objetos. Mas a sua aprovação como ceramista é quando se torna adulta, dominando toda a arte e fechando, assim, o círculo da cerâmica. O território tradicional é sagrado para nosso povo e tudo é diferente em comparação a outros lugares: o Sol, a Lua, as estrelas, as nuvens, a chuva, as serras, tudo...

No passado, o homem branco fez muitas perguntas: - Qual o tamanho da terra? Qual o limite? Qual a forma do território - quadrado ou redondo? Qual o marco divisor?
E o índio respondeu: - O Sol nasce e se põe em nossas terras; a linha do horizonte é o limite, onde o céu se encontra com a terra, de forma circular porque o nosso mundo é redondo.

É que antigamente, nosso povo circulava por todo esse território, morando aqui e ali, acompanhando as caças e dando nomes aos lugares. Se um gavião cantasse no momento em que nossos ancestrais avistavam uma serra, logo davam o nome de “Serra do Gavião”. Se eles vissem uma onça entrar numa gruta durante a caçada, chamavam o local de “Gruta da Onça”. Uma lagoa com muitos jacarés denominavam “Lagoa do Jacaré”.
Nossa terra está toda registrada por nosso povo com nomes associados à fartura, alegrias e tristezas. Ela traz nossa cultura e o seu tamanho está de acordo com as nossas necessidades físicas, biológicas e culturais. A área de ocupação tribal não se limita à aldeia, ao lugar de habitação.

Nosso território vai muito além, incluindo áreas de roça, pesca, fruta, fontes de barro para cerâmica e onde estão as caças. O rio é sagrado porque lá vivem os piaus, as xiras, os mandins, os pitús, as tartarugas. A mesma importância tem o lugar onde moram as abelhas, as araras, os macacos, as antas, as cutias, os porcos-do-mato. Os ninhos de aves e pássaros são locais importantes para nossa cultura pela necessidade das penas para os cocares. Os canteiros naturais onde encontramos a macambira, por exemplo, são vitais por serem bancos de ervas medicinais para o nosso povo.

Florestas, lagoas, várzeas, brejos, ilhas, enfim, todos os lugares são especiais. A natureza sempre organizou o território tribal e assim, deveríamos seguir a evolução natural.
Mas tivemos que resistir à muita violência. Antes do contato com os brancos, o Território Indígena Tradicional Kariri-Xocó abrangia 3.017 Km², o que ocupava as duas margens do Rio Opara (nome indígena do Rio São Francisco) e se mantinha como um círculo no horizonte, onde a terra se encontrava com o céu, com o Rio, com a floresta atlântica, a mata de caatinga, lagoas e várzeas.

Nosso território físico atual nos oprime, mas um território maior e mais rico ainda está vivo em nossa memória. Com fé e luta, recuperaremos nossas terras


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5 de agosto de 2012

Povoação de São Brás

São Brás, 1860.
Foto: Coutinho, August.
A cidade de São Brás nasceu de uma povoação, cujo território inicialmente pertencia a Porto Real do Colégio. A Lei nº 1.506, que data de 28 de junho de 1889, elevou a localidade à categoria de vila, desmembrando o lugarejo do município ao qual se achava subordinado, sendo instalado oficialmente o seu governo em 1º de outro do mesmo ano, ocasião em que possuía um único distrito.


Referência
Eles fazem Alagoas. Editora Jornalística Manchete dos Municípios Ltda. Jaboatão, PE, p. 553, 1986.
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18 de julho de 2012

Rey & Reinaldo



Rey & Reynaldo é a primeira dupla sertaneja indígena que se tem notícia. Todas as dez composições são de autoria deles. Várias foram as dificuldades para a produção desse cd, mas foi na gestão do ex-prefeito Eraldo Cavalcante Silva, através da Secretaria de Educação, que o cd foi produzido.

Rey & Reynaldo são dois índios da tribo Kariri-Xocó localizada às margens do rio São Francisco, na cidade de Porto Real do Colégio – Alagoas. Essa dupla lançou seu cd em junho de 2002, apresentou-se no ginásio poliesportivo de Porto Real do Colégio neste mesmo ano e em várias cidades alagoanas e outros estados. O cd contém dez faixas e ritmos que vai do xote ao country. 

Contato: (82) 9907-1007, 9961-2652 e 3553-1629.
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4 de julho de 2012

Nego d'água

Muitas sãos as estórias que se contam a respeito da Mãe d’água e do Nego d’água e na web não faltam textos que lhes atribuam várias características.

Irei, no entanto, transcrever as palavras de Lima, onde este faz uma descrição desse ser de acordo com a contação colegiense. Segundo ele, a Mãe d’água é de menor estatura e não possui nenhum pelo no corpo. Já o Nego d’água apresenta algumas características físicas dos homens: possui pele escura, corpo peludo, pescoço anormal e é careca.
Quando os pescadores não os respeitam, quebram as canoas deles a pedradas. Vivem no fundo do rio em companhia dos peixes e quando vêem o gênero humano, esconde-se nas águas. Tanto um como o outro gostam das pedras e aparecem poucas vezes. Assustam os pescadores para se protegerem.

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12 de junho de 2012

Faustino Vieira Sandes

A primeira penetração na suas terras (Água Branca), deve-se a três irmãos da família Vieira Sandes, procedentes de Itiúba, uma povoação localizada à margem do São Francisco, que nos dias de hoje, pertence ao município de Porto Real do Colégio. Em 1769, mais ou menos, as propriedades compreendidas nas sesmarias que correspondem aos atuais municípios de Mata Grande, Água Branca, Piranhas e Delmiro Gouveia, foram arrematadas em leilão realizado na cidade do Recife, ocasião em que se encontrava de posse das terras, por arrendamento, o capitão Faustino Vieira Sandes, membro da família Sandes, de Água Branca. Tal senhor foi a primeira pessoa a desbravar as terras do município, atraído às suas paragens pelos bons pastos na zona da caatinga, como também pela riqueza da região serrana, onde a exuberância do solo e a fertilidade do mesmo, favoreciam o desenvolvimento de lavouras, como a da cana-de-açúcar,mandioca e dos cereais. Assim, o capitão Faustino Vieira fixou-se no lugar, instalando em seguida uma fazenda de gado, tempo em que se registraram os primeiros núcleos de povoamento. 



Referência:

GALVÃO, Paulo et all. Eles Fazem Alagoas. Editora Jornalística Manchete dos Municípios Ltda. p. 19-20 Jaboatã/PE, 1986.
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16 de maio de 2012

Rôndone Ferreira dos Santos


“(...) encontrei a moringa que resolvi decorar. Uma peça tão comum aqui, usada antigamente para guardar água e mantê-la fria, mas que representa a cultura do povo nordestino. Hoje em dia ela é pouco usada, pois a modernidade representada pela geladeira já chegou a todo canto e a moringa vai deixando de ser utilitária e pode desaparecer, porém decorada pode decorar ambientes e fazer-nos lembrar de sua importância cultural na vida do povo nordestino”.
Rôndone Ferreira Santos
Rôndone Ferreira Santos, natural de Porto Real do Colégio, Alagoas é missionário da Tradicional Igreja Batista do Brasil. Viveu por dez anos no Amazonas, trabalhando entre o povo indígena Kanamari. Nela desenvolveu algumas técnicas de pintura e para homenagear aquele povo, pintou várias telas contendo informações do cotidiano amazônico. Suas telas estão catalogadas no Sistema Júlio Louzada de Artes Plásticas Brasil, Filiado ao SINAP-ESP AIAP/UNESCO.
 
Expôs algumas de suas telas em Araçatuba – São Paulo; Aracaju - Sergipe e Própria, cidade ribeirinha que faz divisa como o estado de Alagoas.
As imagens de suas telas estão disponíveis na Artelista que é um site líder mundial nessa categoria dirigida para particulares, sendo o maior catálogo internacional de obras de arte. Mantêm o blog Art&cia como sua galeria virtual.
Atualmente, na cidade de Porto Real do Colégio, em Alagoas, trabalha com a comunidade local  e na aldeia dos Kariri-Xocó, ministra curso de artes, dedicando-se ao projeto: Epafrodito, em parceria com a igreja Batista e a Missão Exodus de Salvador-BA.
Contato através deste e-mail: rondartecia@hotmail.com.
Para conhecer melhor as atividades de Rônodone, acesse: http://artecia-artecia.blogspot.com.br/,
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6 de maio de 2012

Orlando Santos

Colheita de Arroz

“O cubismo é uma temática versátil, de grandiosidade e movimento muito marcante da arte. Meu trabalho é influenciado por mestres como Picasso, Portinari e Di Cavalcanti”.
Orlando Santos


Orlando Santos nasceu em Porto Real do Colégio – Alagoas no dia 10 de novembro de 1959. Filho de Antonio Oliveira Silva e Edite Santos Silva. Estudou artes na Fundação Pierre Chalita, em Maceió e na Escola Nacional do Desenho em Porto Alegre.

Fez várias exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior. Em 2003, apoiado pela gestão do ex-prefeito Eraldo Cavalcante Silva, ministrou uma Oficina de Artes, denominada: Descobrindo Talentos na cidade de Porto Real do colégio, promovido pela Secretaria Municipal de Educação. Essa oficina foi realizada no antigo Grande Hotel. Até a presente data é possível presenciar várias pinturas na parte interna do prédio onde eram realizadas as aulas.
 
[1]Segundo Lima, Orlando “(...) trabalha com óleo sobre tela, expôs pela primeira vez, em 1982 no Teatro Deodoro. Em sua trajetória, Orlando Santos conta que visitou e experimentou várias tendências e estilos – do Realismo ao Impressionismo, passando pelo Expressionismo, mas encontrou-se, finalmente, nas linhas Cubistas numa espécie de propriedade de descrever a realidade objetiva e subjetiva sob a ótica da Geometria Plana. Inspirado em Picasso e Portinari garante, no entanto, que a referência não o impede de respirar seu próprio ar e refletir sua própria luz, produzindo uma obra feita com a alma”.

Contatos:
Fone (82) 8858-9804
e-mail: orlandosantos@yahoo.com.br




[1] LIMA, Ronaldo Pereira de. Às Margens do Rio Rei. Aracaju, Editora J. Andrade, 2006.
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27 de abril de 2012

Letra do hino municipal: 2ª colocada

A letra do hino municipal, segunda colocada do concurso realizado pelo fórum Dlis, de autoria de Múcio Niemayer Feitosa possui cinco estrofes e um refrão.

A estrofe um trata de aspectos físicos do colégio jesuítico e das enchentes do Rio São Francisco, como pode ser observadas nos versos transcritos:
Sobre pilares que o punha
Ao abrigo das grandes enchentes
Tu foste construído e se fez
Soberano a nossa gente.

A segunda fala de um suposto nome “verdadeiro” para a cidade, mas refutado pelas referências mais antigas. Quanto a expressão rio rei, esta foi emprestada do dr. Aberlado Duarte, na obra Três Ensaios, onde defende a ideia de realeza incluída ao nome da cidade.
A vista do imenso Brasil
Um Colégio do Porto
Real para enaltecer
O glorioso rio rei
 
A terceira da miscigenação de índios, colonizadores e negros. Quanto às “bravuras”, elas se aplicam as conquistas religiosas que não foram grande coisa do ponto de vista indígena porque elas trouxeram graves consequências para eles até os dias atuais. A palavra bravura não pode ser compreendida como fato heroico, mas como estratégia do governo como meio mais brando de colonizar os silvícolas por meio da fé católica.
No berço da tua história
A miscigena cultura,
De jesuítas bravuras,
O índio, o afro, o colonizador.

O refrão faz uma alusão à praga da peste em 1911 que estimulou a vida de São Roque para a paróquia devido a um suposto milagre realizado por esse “santo”.
Em que estende o teu esplendor.
Sê de Deus criador,
- Na peste vencedor –
O louvor a Roque e a Conceição pura.

A estrofe de número quatro diz respeito às manifestações culturais do município, expressas pela confecção de peças usando argila, pesca artesanal, danças, bordado e alguns folguedos que não mais existem.
Exaltar a riqueza do barro,
Da pesca, da rizicultura,
Dos reisados, torés, pastoris,
Dos bordados, dos cocos, guerreiros.

Por fim, a última declama o amor do colegiense por sua terra, que fazem parte desse amor os que já se foram, os que estão e os que virão.
Acordar com o teu sol, numa canção:
De amor por ti.
E os teus filhos passados, presente e futuros...
Em tua noite irão sonhar e te eternizar.

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